Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou a COVID-19 como uma pandemia em março de 2020, algumas palavras, que soaram inicialmente desconhecidas para muitos, passaram a integrar o vocabulário do cotidiano do brasileiro: SARS-CoV-2, pesquisa clínica, ensaios clínicos, variante, cepa, entre outras.
Devido à necessidade de entender a nova realidade causada pela cepa do coronavírus denominada de SARS-CoV-2, a população brasileira foi inserida na discussão do universo da Pesquisa Clínica que ocorre internacionalmente desde então.
Muitos se perguntaram: O que precisamos fazer para termos nossa vida normalmente? E a resposta está na Pesquisa Clínica.
As pesquisas clínicas têm como finalidade investigar novos tratamentos, novas formas de prevenção e diagnóstico com o objetivo de promover a melhora e o aumento da expectativa de vida da população. Neste contexto, temos o conceito dos ensaios clínicos, que são pesquisas clínicas que envolvem seres humanos nos quais são testados novos medicamentos, vacinas, cosméticos, dispositivos médicos e até mesmo alimentos.
Você já parou para pensar que grande parte dos produtos que consumimos nas drogarias, farmácias e supermercados passaram por várias etapas de testes antes de serem aprovados para comercialização?
Neste momento de pandemia, cientistas de todo o mundo concentraram seus esforços nesses testes para viabilizar vacinas seguras e eficazes. Por isso, neste momento temos a oportunidade de tomar estas vacinas de acordo com o cronograma dos estados e municípios em nosso país.
Assim, a Pesquisa Clínica é a área responsável por planejar e executar todo este processo de testes, que passaram estas vacinas da COVID-19, sendo necessária a aprovação prévia de todos os requisitos éticos e regulatórios de autoridades que visam sobretudo a proteção dos seres humanos que participam de forma voluntária destes estudos.
Augusto Figueiredo é farmacêutico e especialista em processos éticos e regulatórios de medicamentos.
CRF-SP 27893 - LinkedIn
